Desemprego Atinge Recorde…Com Patrocínio de Governantes e Empresários…

O Sentimento da Geração de 80 é Este

O Sentimento da Geração de 80 é Este

Trago hoje uma notícia sobre um assunto que tenho abordado com alguma regularidade, por me causar alguma injustiça e desconforto, passo a transcrever a mesma e passo a tecer o meu comentário, posteriormente:

«Milhões do Estado não travam subida recorde do desemprego

1,2 mil milhões euros em 2009. Emprego no sector da Educação cresce 5% devido ao investimento no ensino e formação

A iniciativa Novas Oportunidades deverá abranger, só este ano, quase 400 mil pessoas, jovens e adultas. Neste período serão injectados na economia mais de 1,2 mil milhões de euros através dos programas de qualificação e formação profissional, maioritariamente financiados (cerca de 70%) por fundos da União Europeia. O resto do dinheiro procede dos cofres públicos. E mais dinheiro está na calha até 2013. Para formar toda esta gente e dar uso aos abundantes meios financeiros disponíveis, o recrutamento de formadores e professores está em alta e contrasta com o descalabro no emprego nacional.

Os números dos centros de emprego (IEFP), ontem divulgados, confirmam-no: o desemprego registado nas profissões especializadas (e altamente qualificadas) ligadas ao ensino e formação está a cair quase 24%, isto numa altura em que o desemprego nacional continua sem aliviar – aumentou 30% nos primeiros sete meses deste ano.

Do lado do emprego, a mesma coisa: os dados do INE relativos ao segundo trimestre mostram que o emprego dos “especialistas das profissões intelectuais e científicas” aumentou 5% face há um ano atrás, um número que contrasta com a destruição de 3% (recorde de décadas) no emprego da economia.

O emprego no sector da Educação aumentou 5%, confirma o INE, sendo um dos raros oásis de criação de postos de trabalho em Portugal. Melhor só a corrida às contratações do sector das agências imobiliárias (mais 44%) ou das “Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas” (mais 8%). Ainda assim, estas duas últimas actividades empregam menos gente (35 mil e 48 mil pessoas, respectivamente). Já os profissionais do ensino e educação serão hoje cerca de 361 mil pessoas, mais 19 mil do que há um ano; idem para os profissionais intelectuais e científicos, grupo que engordou 23 mil empregos, para um total de 487 mil.

É a iniciativa Novas Oportunidades a surtir efeito? É, referem vários observadores ouvidos pelo i. Pedro Adão e Silva, professor universitário especializado em questões laborais, sublinha: “Estamos numa etapa dramaticamente diferente no mercado de trabalho”. “A empregabilidade está cada vez mais ligada aos perfis de maior qualificação e a destruição de emprego é cada vez mais agressiva para quem tem menos qualificações. Para além disso, politica e financeiramente há um novo enquadramento que justifica um aumento nos profissionais ligados à educação e formação, muito centrado na iniciativa Novas Oportunidades”, acrescenta.

Isso está reflectido na montanha de recursos que estão a ser canalizados para a área do “potencial humano”, como lhe chama o governo. Mais formandos, mais centros de formação e, necessariamente, mais formadores para responder às metas estabelecidas. Se não forem cumpridas, o dinheiro não será pago. Entre 2007 e 2013, Portugal receberá da União Europeia cerca de 6,1 mil milhões de euros para estas actividades, valor que será completado com um esforço de 2,6 mil milhões em financiamento público nacional.

E quantos formadores têm as Novas Oportunidades? Não é um número fechado visto que se trata de um iniciativa que envolve escolas, centros de formação, associações e empresas. Até ao final da edição, não houve ninguém disponível no Ministério do Trabalho, que tutela esta área, para falar sobre o assunto.

Mas quem trabalha no terreno assegura que a actividade explodiu nos últimos anos. Em 2009, continua a ser verdade. Ana Soares é formadora há vários anos num centro de emprego do IEFP da Grande Lisboa. Segundo esta licenciada em História, “o volume de formação aumentou de forma expressiva, ou seja, as pessoas têm mais horas, mas aumentou também o número de formandos”. “Logo”, continua, “teve de aumentar a contratação de formadores até porque a nova lei impede muitos dos que no passado davam formação”. Segundo esta formadora, antes muitos dos lugares “eram preenchidos por professores reformados e efectivos nas escolas que assim obtinham um bom complemento salarial”. Isso agora acabou: “estão obrigados a contratar pessoas mais jovens que não os daqueles dois grupos”.

João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), também concorda que as Novas Oportunidades fazem a diferença. “Terá, de certeza, algum impacto na dinâmica do emprego neste sector. Não são apenas os formadores no sentido estrito, o programa tem outras dimensões: o apoio psicológico, a orientação profissional, as actividades artísticas. Tudo isso emprega pessoas”. E professores do sector público, há mais? “No primeiro semestre acredito que os números fossem mais favoráveis, mas na segunda metade do ano a situação deve mudar. Há muitos cujos os contratos terminam no final de Agosto”, salienta.

Cristina Casalinho, economista-chefe do Banco BPI, acredita que “tendo em conta o excesso de professores que havia e as metas das Novas Oportunidades, é de esperar que o programa esteja a ter alguma expressão em termos de recursos humanos”. Segundo o governo, as Novas Oportunidades deverão formar, de 2005 a 2010, entre 650 mil jovens e um milhão de adultos em idade activa.»

In: http://www.ionline.pt/conteudo/18790-milhoes-do-estado-nao-travam-subida-recorde-do-desemprego, em Jornal I, a 18 de Agosto de 2009

A Minha Análise:

Aqui temos uma coisa que tenho vindo a pregar, e que no futuro ainda vai ser pior, senão vejamos, anda o Estado Português a comparticipar 30%, do ensino das novas oportunidades, e a tentar captar dinheiro da União Europeia, que mais tarde ou mais cedo, vamos ter que devolver, e para quê? Qual o fundamento?

As pessoas que saem das novas oportunidades, na sua generalidade, (e eu conheço algumas excepções, mas que não são contempladas nesta situação), são pessoas que tiram o 9º ano, ou mesmo o 12º ano, em apenas alguns meses, e a costurar, a aprender informárica, a fazer coisas banais, e como tal, não podemos comparar estas pessoas com quem estudou os anos nornmais, tipo fez o 5º. 6º, 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e o 12º, tem claro uma formação muito mais credível, completa e correcta, no entanto, quem fez este percurso, na sua, generalidade, são pessoas novas, têm até 35 anos, e segundo a economia nacional, são pessoas muito novas para trabalhar, pois apresentam pouca experiência…Enfim…

Outra Questão, é que com o 9º ano, e se tiver mais que 23 anos, pode ingressar, sem exames nacionais, como os comuns mortais, no ensino superior, e tirar um curso, uauuu, vejam a vantagem, e é o que vou aconselhar aos meus filhos, quando os tiver, filhos tirem o 9º ano, vão trabalhar, quando tiverem 23 anos, concorrem ao ensino superior com os maiores de 23, e tiram um curso, que vos vai ser útil para progredirem na organização que entraram com o 9º ano, com os recursos que amealharam, podem comprar um carro, ou mesmo, dar entrada para uma habitação, podem se casar, ou mesmo juntar com 18 anos, pois têm recursos, ter filhos e tudo, e claro que os impostos serão mais baixos, pois, estão casados e têm filhos.. Não acham hilariante? Eu acho que este é o seguir correcto da vida, e deve ser assim, foi assim que os nossos governantes idealizaram o sistema, desprezando quem segue o caminho normal, quem não «falcatrua», o sistema, e quem têm qualificações, boas qualificações acima da média mesmo europeia, mas que apresentam pouca experiência no mercado de trabalho e como tal, são arrumadas para o lado, ou seja, são excluídas, privilegiando-se pessoas que podem não ter estudos, mantêm experiência e podem depois tirar um curso na universidade, pelos maiores de 23.

O que disse acima, parece chocante, mas é a realidade do nosso país, eu não condeno que as pessoas se qualifiquem, e que tirem o 9º ano, ou mesmo, o 12º ano, penso que é benéfico para o incremento da cultura portuguesa, e da qualificação da nossa população.

Condeno sim, que se entre em universidades, pelas portas do cavalo, ou seja, sem fazer um secundário em condições, e sem os exames às especificas exigidos aos cumpridores, ou seja, quem segue essencialmente uma carreira mais académica.

A verdadeira questão é, não se pode, «premiar», sempre os mesmos, ou seja, no acesso ao emprego premeia-se quem tem a experiência, ok, mas os que têm a experiência são os mais velhos, os que não estudaram, e os que se qualificam com as novas oportunidades, e tiram os 9º anos e 12º encapotados, e conseguem aceder às universidades pela porta do cavalo, através dos maiores de 23.

Os não premiados, são os que entram para a escola com 6 anos, e saem formados com um curso, podendo até trabalhar em part time, e conjugar com a escola, ou seja, são percursos académicos, com programas escolares normais, e onde o acesso às universidades é realizado com recurso a exames nacionais, ou seja, queimam pestanas, conjugam por vezes com actividades profissionais, de cariz precário ou muito precário, e cuja experiência, não serve para nada.

Ou seja, é esta facha etária cada vez, em maior crescimento, que tem nos dias de hoje dos 20 anos aos 35 anos, é oriunda das gerações de 80, e que é desvalorizada a todo custo, porque seguir um percursos académico, cujos governos e sociedade em geral despreza, considerando até de falsos Dr., e elegendo, fazendo subir nas empresas e aceder aos empregos pessoas com um Dr «comprado», pois penso que muitas das novas qualificações, para a maioria das pessoas, é como ir, às compras no supermercado, ou fazer um crédito para um novo automóvel.

Basicamente, este é um País que incentiva o não estudo, e a «roubalheira» e desonestidade, no acesso a qualificações…

Desejo a melhor sorte às gerações de 75 até 90, que são as excluídas da sociedade portuguesa, segregada no acesso aos empregos, e campeã de empregos precários e com contractos precários ou mesmo recibos verdes.

Depois ficamos com  questões do tipo:

  • Porque temos uma baixa natalidade?
  • Porque a economia está baixa?
  • Que aconteceu com o consumo privado?
  • Porque é que os grandes cérebros estão a sair de Portugal?
  • Porque temos uma competitividade tão baixa?

Existem muito mais questões a colocar, deixo estas aqui para analise de quem quiser, ou para, simplesmente pensaram nelas.

Deixo o aviso.

Acordem!!! Esta geração ainda tem salvação, não a segreguem!

Tenho Dito

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