Jogos Online…Algo Cada Vez Mais Na Moda…Conheça Testemunhos Desta Realidade…

World Of Warcraft

World Of Warcraft

Hoje trago uma notícia que faz lembrar que nem tudo neste mundo se passa de dia, e que mesmo a noite tem cada vez mais peso neste sociedade, e que o dia se mede em 24 Horas, passo a transcrever a notícia, seguida de um comentário:

« Agarrados à internet: porque é que eles preferem uma vida virtual?

Noites sem dormir, meses sem sair de casa, namoros virtuais: as histórias de três jogadores, na semana em que “Second Skin” saiu em DVD

Morena e de olhos azuis, Sofia Ramos, de 23 anos, passava por bodyboarder. Na verdade surfa, mas é pelos jogos de roleplaying. No World of Warcraft (WoW) é Eriene, uma “night elf” (como os elfos de “O Senhor dos Anéis”) do 68º de 80 níveis. Para aqui chegar precisou de 80 horas, indica o programa. Nada, se comparado com as 1177 horas e 26 minutos que passou online para chegar ao nível 71 com Gifted Night, a primeira das nove personagens que criou. “Isto assusta-me. Umas horas aqui, outras ali, e de repente são 49 dias da minha vida”, admite, para depois reconsiderar, “no meu caso compensou. Totalmente”.

A guerreira Esta estudante de psicologia juntou-se aos 11 milhões e meio de pessoas que jogam WoW em Fevereiro de 2007, por intermédio do namorado. Hoje, podia ser uma das personagens do documentário “Second Skin” (ver caixa). Quando acabou a relação, passou a desabafar com um jogador da Dinamarca. Durante três meses, só saiu de casa para ir à faculdade. Mesmo aí levava o portátil. Prendia-a o social, embora no chat só se possa falar do jogo. “Basta ver alguém com uma armadura, para perguntar ‘onde arranjaste isso?’.” Cruzou-se com personagens que falavam do WoW como se fosse o mundo real. Outras tinham destruído o casamento. “É doentio”, diz. E quando conheceu portugueses nas “jantas”, teve algumas surpresas. “Um amigo meu não se cala online mas é capaz de passar um jantar inteiro calado.”

Em Dezembro encontrou-se com o tal dinamarquês em Londres e começaram a namorar. Ele tem mais 14 anos que ela (“achava que eu era mais velha”) e já deixou o jogo. Sofia passou a controlar-se, sobretudo por causa das notas. “Olhei para a pauta e pensei, ’10 [valores] não dá'”. No liceu tinha média de 14. Desforrou-se nas férias no Algarve, a jogar 10 horas por dia. “Não gosto de praia”, justifica. “Prefiro fazer uma coisa dinâmica, em que o cérebro se movimenta”.

A pioneira A culpa foi dos filhos, aponta Maria Ruivo, de 51 anos. Disseram-lhe: “Olha, mamã, um jogo como tu gostas. Dão-te uma vila pequena para cresceres”. A funcionária do Ministério da Justiça, de baixa depois de um acidente de trabalho, nem hesitou. Na companhia dos cinco gatos, atacou o jogo de estratégia online Tribal Wars. De início, fez directas e era normal acordar de madrugada para jogar. O marido, de 52 anos, não se importava. Aliás, fazia o mesmo. Só os amigos gozavam. “Acham que sou maluca”, brinca.

A ser loucura não é de agora. Quando os primeiros Spektrum chegaram a Portugal, comprou um. Jogava horas perdidas com o filho. Ao fim-de-semana ainda faz grandes jogatanas com ele e com a nora. “Divertimo-nos imenso. Temos um router. Eu faço o jantar e depois ficamos aqui até às seis, sete da manhã.”

No Tribal Wars, passados três anos, paga 19 euros pela assinatura premium e é uma dos sete resistentes da tribo. “Estamos numa fase muito avançada. Já é mais política.” Esteve várias vezes para deixar o jogo. “Mas depois penso, ‘está aí o pessoal… vou aguentar mais uns tempos’.” É a diferença dos jogos online: há pessoas do lado de lá. Quando “a coisa fica demasiado estática”, a decisão é fácil: “Vamos lá fazer uma guerra.”

O campeão Óscar Santos, de 32 anos, chega num Mazda descapotável. O professor de informática esteve de férias no Algarve. E este ano não teve de arranjar um babysitter para o Travian, o jogo de estratégia militar que durante um ano quase não o deixou dormir. Entre Janeiro de 2008 e Fevereiro de 2009, OscSan, como era conhecido, foi o melhor dos 27 mil jogadores com quem competiu.

Fez centenas de cálculos em tabelas de Excel, mas a estratégia era simples: construir muitas aldeias e atacar sempre que possível. De preferência quando o adversário menos esperava. “Pus várias vezes o despertador para as quatro da manhã”, conta. Isto quando conseguia dormir. Ao todo, deve ter feito umas 15 directas. “O problema é que não calha quando queres. Pode ser uma terça ou quarta-feira.”

O Travian não pára. Tem de se estar atento 24 horas por dia. “A grande motivação é que estás a jogar com pessoas reais. Nunca sabes como vão reagir.” Por isso é que deixou de ir passar fins-de-semana fora com a namorada e de se deitar à mesma hora que ela. Na passagem de ano levou o portátil. Deixou de ler e até de ver os jogos do Benfica. Ao todo, gastou quase 1000 euros em “ouro” para alimentar as tropas. E chegou a receber ameaças de morte. “Há quem não distinga entre jogo e realidade”, comenta. “Eu ria-me. Uma vez, no Natal, disse a um, ‘agora a sério, tu não estás bem. Vai procurar ajuda’.”

Quando acabou em primeiro, decidiu não jogar mais. “Na primeira semana sentia-me de férias. Não tinha preocupações”, lembra. “Depois comecei a sentir um vazio.” Um parceiro desafiou-o a entrar numa versão do Travian três vezes mais rápida. Ele alinhou. Passado um mês estava à frente – e de rastos. “Não dormia. Era de uma intensidade absurda.” Desistiu e nunca mais quis ouvir falar de jogos. “Aquilo vicia. E não te apercebes.” Ainda assim, não se arrepende do ano online e voltava a fazer o mesmo. Numa palavra: “Adorei.”»

In: http://www.ionline.pt/conteudo/20459-agarrados–internet-porque-e-que-eles-preferem-uma-vida-virtual, a 29 de Agosto de 2009, no Jornal I

O meu comentário:

Penso que este tipo de jogos e interacções são benéficas para a sociedade, pois fazem lembrar as pessoas que se juntavam, geralmente aos sábados à tarde, em colectividades, clubes, ou mesmo cafés, para poderem jogar cartas, os famosos dominós, damas, e posteriormente até snooker.

Este ambiente, é mais diferente, pois além da comunidade que joga ser mais abrangente, pois usa como recurso a Internet, logo é logicamente mais global, e tem um número mais heterogéneo de indivíduos a todos os níveis, desde vivencias, culturas, idades, etc, o que de certa forma torna o convívio mais rico e salutar, a única diferença é que o mesmo é virtual, e não real, então pode causar alguns problemas, pois o virtual, não tem horas, nem horários, parece a febre o IRC, que se assistiu nos anos 90.

Este tipo de jogos, são viciantes, pois, ao contrário dos jogos normais, estes não são estáticos, nem previsíveis, pois dependem da interacção de todos os participantes, e das técnicas e tácticas usadas, logo, tudo é novo, mantêm-se é os cenários, o restante, tudo é imprevisível, logo, o ser humano em coisas novas, geralmente tem a curiosidade ao rubro, o que vicia.

As desvantagens deste tipo de jogos, é que ao viciar, a pessoa perde a noção da sua vida real, e causar problemas a esse nível, o que pode ser bastante aborrecido.

Como em tudo na vida, e como já tenho defendido aqui, a regra do bom senso, deve ser a melhor aliada nestas coisas, deve se jogar mas sem perder a noção da vida real.

Deixo a questão: Que pensa deste tipo de jogos?

Tenho Dito

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