Conheça a Loja Para as Lolitas na Cidade do Porto…

Améthyste - Uma Loja de Lolitas... Fonte: http://www.ionline.pt

Hoje trago uma sugestão de uma loja referente a um conceito um pouco fora do convencional, no entanto, engraçado, passo a transcrever a referida reportagem.

«Uma loja de bonecas para gente grande

A Améthyste, no Porto, é a primeira loja portuguesa dedicada às Lolitas, moda que não tem nada a ver com o romance de Nabokov

Traz vários anéis nos dedos, botas castanhas, meias e um vestido folhado com arranjos florais, tranças pretas e uma boina branca na cabeça. Joana Bárbara parece uma boneca e é mesmo essa a intenção. Fundou a comunidade Lolita em Portugal e abriu, no Porto, a Améthyste, a primeira loja dirigida às adeptas deste estilo.
Foi a “profundidade” da banda desenhada japonesa e as suas músicas que começaram por cativar Joana Bárbara. O carismático líder e guitarrista da banda Malice Mizer, que se vestia de mulher em palco, acabou por inspirar uma nova linha de moda e Joana juntou-se aos seguidores. Em Portugal, no fórum de discussão aberto por Joana Bárbara, estão inscritos cerca de 300 utilizadores, mas estima-se que “apenas meia centena” se vista regularmente com indumentária Lolita. Joana é professora de chinês e encarna a personagem sobretudo aos fins-de-semana.
Mas atenção. Esta persona nada tem a ver com a Lolita popularizada pelo romance do escritor russo Vladimir Nabokov, em que um professor se apaixona pela enteada de 12 anos.
Joana pressupõe que os japoneses tenham recuperado a palavra pela facilidade de associação à imagem adolescente, mas este estilo de vida afasta-se das linhas do romance. Reporta à “mulher de antigamente, que bordava, falava francês, tocava piano e fazia jogos femininos”. Ao vestir a personagem nos dias que correm, Joana acha que acaba por “lutar contra a posição submissa da mulher de antigamente porque hoje em dia a mulher que é submissa sente que tem de usar o corpo para conseguir aquilo que quer”. A Lolita tem uma “imagem cuidada”, é quase uma “mulher de porcelana”, regressando aos “tempos áureos da realeza europeia”.
Na sua loja encontra-se tudo o que é essencial para uma Lolita: roupas com folhos, em forma de balão e acessórios. Os estilos variam e as peças não são para todos os bolsos (ver preços em baixo), apesar de haver roupas em segunda-mão mais acessíveis. O espaço está decorado com posters nipónicos e mobiliário antigo.
Quando sai à rua, Joana apercebe-se dos olhares, mas não se importa. Realça que “isto não é carnaval” e diz que em Portugal a história repete-se com “tudo o que é diferente”, como quando começou o boom das calças largas inspiradas no hip hop.
À Améthyste vão raparigas de “todas as idades” e também rapazes: há o “aristocrata masculino” e as peças Kodona, de estilo vitoriano, como blusas folhadas, camisas, meias altas e calções. »

In: http://www.ionline.pt/conteudo/88235-uma-loja-bonecas-gente-grande, a 13 de Novembro de 2010, em Jornal I

Bom Conceito!

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