Domingo… Porque não aproveitar para dar uma escapadinha, deixo aqui uma transcrição de uma peça jornalística, que saiu na semana transacta, e onde são apresentadas 7 maravilhas do nosso país. Não vou comentar, em virtude de se tratar de uma publi-reportagem.
«Sete maravilhas da natureza para mergulhar de cabeça
Pelo meio da vegetação, embrenhados no monte e longe dos olhares indiscretos dos turistas de Verão, em Portugal há lugares que escondem verdadeiras obras-primas da natureza. Pequenas e grandes cascatas, piscinas de água gelada e lagos de cortar a respiração fazem parte de um património rico em segredos bem guardados. Se não gosta da confusão das praias, este guia é para si. Ponha a mochila às costas e parta à descoberta
Cortes do Meio
Pelos caminhos da serra da Estrela
Os habitantes do sopé da serra da Estrela costumam dizer que ali há nove meses de Inverno e três de Inferno. Com o Atlântico a tantos quilómetros, nada como refrescar-se num ribeiro de neve derretida, a correr entre as pedras quentes. Cortes do Meio fica a poucos quilómetros da Covilhã, na antiga estrada da Beira, depois do Tortosendo. Estacione o carro junto ao tanque da povoação e siga o caminho de terra em direcção à montanha. Terá de andar cerca de 30 minutos, até uma antiga estrutura de granito, do lado esquerdo. Lá em baixo há cascatas, pequenas piscinas e recantos mágicos para relaxar.
Onde? No sopé da serra da Estrela, a cerca de 17 quilómetros da Covilhã.
Como chegar? Na N 230 vire à direita na placa de Cortes do Meio. O caminho pela serra fica junto ao tanque municipal. Trinta minutos depois encontra o local.
Paúl
Pesca desportiva? Não, vamos a banhos
Situadas a cerca de 20 quilómetros da Covilhã, as cascatas da vila do Paúl não obrigam a grandes caminhadas nem aventuras pelo meio da serra. A ribeira da Caia fica a cinco minutos a pé da estrada que liga a vila ao Tortosendo, sendo um dos afluentes do Zêzere mais apetecíveis. Duas cascatas convidam a um mergulho nestas piscinas de água gelada, onde há também um pequeno ilhéu, perfeito para estender a toalha. Mas atenção:se vir uma placa que diz “Pesca Desportiva”, ignore. Até porque ali os pescadores são quase tão raros como os peixes.
Onde? Vila situada na vertente sul da serra da Estrela.
Como chegar? No Tortosendo, perto da Covilhã, apanhe a N343 até ao Paúl. Quase a chegar à povoação há um caminho de terra, à esquerda, junto às primeiras casas. A ribeira fica a 300 metros.
Fraga da Pena
Uma cascata com mais de 20 metros
É provavelmente o acidente geológico mais curioso das serras portuguesas. Uma cascata com mais de 100 metros de altura que desagua numa piscina, onde se pode receber uma massagem e nadar livremente. Localizada no coração da área protegida da serra do Açor, a Fraga da Pena é um atractivo até para o mais pacato dos aventureiros:cascatas seguidas de piscinas de água bem fria, enquadradas numa encosta xistosa onde abundam os carvalhos e os eucaliptos, entre outras espécies. Para facilitar a vida aos visitantes é possível escalar as encostas através dos degraus esculpidos nas pedras de xisto. Lá em cima outras maravilhas da natureza esperam por si.
Onde? Mata da Margaraça, Benfeita, Lousã.
Como chegar? Na Lousã apanhe a N342 até à Benfeita. Procure as placas de madeira que dizem “Fraga da Pena”.
Senhora da Piedade
Um parque aquático escavado na rocha
No alto da vila da Lousã, junto à ermida da Senhora da Piedade, há uma piscina fluvial que convida a população e os turistas a uma investida de cabeça na água. Mas é pela ribeira de São João acima que se escondem alguns dos melhores locais para mergulhar, longe do olhar indiscreto dos veraneantes. A caminhada obriga a um certo espírito aventureiro, já que uma boa parte é feita dentro da própria ribeira, a abrir espaço entre a vegetação que se precipita para a água e as pedras do caminho. Vire à direita na primeira bifurcação. Pouco depois encontrará uma piscina com um escorrega de pedra com mais de três metros de altura. Se tiver coragem, atire-se.
Onde? Lousã, Ermida da Senhora da Piedade.
Como chegar Na vila há indicações para chegar à piscina fluvial. Depois aventure-se rio acima.
Serpins
A garganta de onde apetece saltar
Diz quem sabe que a freguesia de Serpins é das povoações mais antigas do concelho. Mas a sabedoria popular não é certamente tão ancestral como
a formação geológica mais impressionante daquelas bandas. A garganta do Cabril até pode não ser assim tão isolada, mas quem chega perto dela não pode deixar de se sentir minúsculo tal é a dimensão desta obra-prima da natureza. Vista de baixo, a formação rochosa que o tempo partiu em duas parece chamar-nos para um mergulho suicida. A nossa sugestão é que se fique pelas pedras que parecem ter sido colocadas de propósito do lado esquerdo do desfiladeiro. A água é cristalina, mas verifique sempre a profundidade antes do mergulho.
Onde? Serpins, Lousã.
Como chegar? Fica a 9 quilómetros da Lousã, pela N342. Esteja atento às placas que dizem “Cabril”.
Ferraria
Banhos de água quente com vista para o mar
Tem o melhor de dois mundos: está no mar e numa piscina de água quente ao mesmo tempo. Não precisa de apanhar um avião e de aterrar nas Caraíbas para tomar um banho de mar com água quente.Na Ilha de São Miguel existe uma piscina natural imperdível. Na Ponta da Ferraria encontra um spa a céu aberto. A piscina fica numa enseada e tem nascentes submarinas de água quente. Quando a maré está baixa, a temperatura pode mesmo chegar aos 61 graus. Para isso só de tem de se encostar às rochas. O acesso não é muito difícil, mas mesmo assim é garantido que não vai encontrar o local cheio de pessoas.
Onde? Nascente termal, Ponta da Ferraria, Ilha de São Miguel, Açores.
Como chegar? No lado este da ilha de São Miguel, na Estrada Nacional 719.
Caldeirão Verde
A cascata guardada por cinco túneis
Para chegar à Levada do Caldeirão Verde, na Madeira, é preciso atravessar cinco túneis de pedra basáltica. O percurso começa no Parque Florestal das Queimadas e atravessa a floresta, conhecida pela sua humidade subtropical e temperada (laurissilva). Ao longo dos seis quilómetros de extensão, deixe-se deslumbrar pelas muitas espécies que habitam a região, como as faias-europeias, os cedros de madeira, pau-branco e as urzes centenárias (mas tenha cuidado com a cabeça: há túneis baixos e com os tectos molhados). Se a flora não o entusiasma, descanse. Quando chegar ao fim do percurso deleite-se com uma espantosa cascata, onde pode mergulhar e nadar.
Onde? Madeira, freguesia de Santana
Como chegar? A cerca de 30 minutos do Funchal, na Via Rápida, siga as placas “Santana”. Na cidade, dirija-se ao Parque Florestal das Queimadas.»
In: http://www.ionline.pt/conteudo/63632-sete-maravilhas-da-natureza-mergulhar-cabeca, a 09 de Junho de 2010, em Jornal I
Boas Maravilhas!
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