Conheça Uma Entrevista a Vanessa da Mata…

Vanessa da Mata... Fonte: http://www.ionline.pt/

Hoje trago um artigo interessante, pois trata-se de uma entrevista a Vanessa da Mata…

« Vanessa da Mata. “Tenho uma velha e uma criança dentro de mim”

Foi ela que pôs toda a gente a gritar “Ai, ai, ai” e a desejar “Boa Sorte”. Hoje à noite actua em Cascais para dar a conhecer “Bicicletas, Bolos e outras Alegrias”

 Ao longe vê-se o cabelo volumoso, a expressão simpática mas não demasiado sorridente. A figura alta está afundada no sofá, de perna cruzada e cabeça encostada à mão. Nem beijinho, nem aperto de mão mas logo um “tudo bem?” cantado. Respira fundo e distrai o olhar antes de falar. De repente assusta, lança uma gargalhada forte. Vanessa da Mata nasceu no Mato Grosso e com 15 anos foi estudar medicina. Ou pelo menos era o que a família achava: entregou-se à música. Aos 21 anos escrevia a letra que ganharia vida na voz de Maria Bethânia. Seguiram-se três álbuns e grandes sucessos de ficar no ouvido como “Não me Deixe Só”, “Ai, Ai, Ai” e “Boa Sorte/Good Luck” em dueto com Ben Harper. Chega ao quarto trabalho com título e sonoridade infantis mas letras de gente grande.

Afinal o que é “Bicicletas, bolos e outras alegrias”? Em que é que é diferente dos álbuns anteriores?

Do começo ao fim autoral é autoral. É um CD bem moderno e tem um trabalho um pouco mais sofisticado. Tem uma mistura entre afrobeat e ritmos brasileiros que é uma coisa que sempre quis fazer. É feito ao vivo, praticamente. Entrámos no estúdio, ensaiámos os arranjos todos e depois fomos gravar juntos que é uma coisa que se fazia muito na década de 70. Tem um retro mas ele está ao mesmo tempo muito moderno, é um encontro de gerações talvez.

Apesar de o título remeter para a infância, por vezes os assuntos tratados são mais adultos.

Muitos assuntos estão ligados à infância mas procedem de uma maneira adulta. Há uma critica do consumismo, na “Bolsa de Grife”, como se a bolsa fosse dar auto-estima, uma base de ego, de formação. Eu me sinto parte disso, por isso que me incomoda. Existem várias ditaduras. De ser vencedor, de ter um bom carro, de toda essa aparência. Mas me incomoda muito o facto de ter tantas meninas que saem em revistas de moda, de fofoca, e que estão visivelmente doentes ou anoréxicas e são mantidas como se fossem vencedoras e estão cada vez mais a caminho do matadouro.

Sente-se ou já se sentiu pressionada por essas ideias?

Fui modelo uma época e sofri muito porque gostava de comer e tinha que passar fome e a sensação que eu tinha era que as pessoas queriam manter o corpo de adolescente, quase criança. E tinha uma conotação quase que pedófila. É um incentivo à juventude extremada, uma sensualidade feia. Não pode ter bunda, não pode ter quadril, não pode ter peitos. Não pode ter cara de mulher tem que ter cara de menina. Então para mim aquilo era sempre muito esquisito.

Com seis anos compôs uma canção sobre uma conversa que tinha ouvido entre adultos, que falava de amores e traições. Era uma criança irrequieta?

Eu fui completamente irrequieta. Eu era uma criança que a minha avó mesmo dizia que nunca tinha visto entre meninos e meninas uma criatura tão atentada – não sei se vocês usam essa palavra aqui. Eu tinha défice de atenção e hiperactividade junto.

Hoje é muito calma, na maneira de estar e falar.

Mas olha o meu pé está sempre batendo [lança o olhar para a perna cruzada].

A menina que nasceu no Mato Grosso é muito diferente da mulher que vemos hoje nos palcos?

Totalmente diferente mas, ao mesmo tempo, existe a mesma essência. Tenho uma velha e uma criança dentro de mim. Às vezes se digladiam, às vezes se amam. E eu não posso matar as duas.

Esteve perto de seguir uma carreira de medicina. Se não fosse cantora o que seria?

Não tenho a menor ideia. Se fosse outra qualquer profissão acho que seria muito infeliz.

Nove anos depois do 1º álbum continua a viver situações engraçadas em palco?

Há pessoas que sobem no palco e cada uma quer dar um recado, outras vezes querem abraçar, cantar junto. É um pouco intimidador. Me lembro do meu primeiro show em Portugal, tive muito mais público aqui que no Brasil. Isso prá mim foi chocante no bom sentido.

O dueto com Ben Harper “Boa Sorte/ Good Luck” foi um grande sucesso em Portugal e mundo fora. Nunca se cansou de ouvir a música?

Houve uma altura que falei por amor de deus! [risos] Mas as canções não dependem da gente. A gente faz e depois elas ganham vida própria, se instalam na vida de cada um.

Como assim?

Um dia estava comendo no Chiado e veio uma mulher portuguesa, chorando muito com o telefone na mão, que disse: “Fala com o meu marido. Ele terminou com a sua letra”. E era como se eu tivesse ajudado a ele terminar. No Brasil também aconteceu com um casamento de 25 anos que o cara mandou a letra para a mulher… e olha, não tenho o que dizer. Isso acontece, transforma a vida das pessoas. Por exemplo, “Ainda Bem”, que era de um disco anterior, fazia com que as pessoas se juntassem. Diziam “ah, essa é a nossa música, essa música me pediu em casamento”. Essas músicas vão se tornando vozes de outras pessoas, vão sendo a trilha sonora das suas vidas. »

In: http://www.ionline.pt/conteudo/145041-vanessa-da-mata-tenho-uma-velha-e-uma-crianca-dentro-mim, a 25 de Agosto de 2011, em Jornal I

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Conheça a Agenda Para Este Fim de Semana…

Agenda para o Fim Semana... Fonte: http://www.ionline.pt

Hoje e como tem sido habitual, trago a agenda para o Fim Semana…

 

« Agenda de Fim-de-Semana

 

 Esta é uma semana especial. O querido mês de Agosto está a meio caminho do regresso à vida normal, mas nada tema. Temos propostas tão deliciosas como o Festival do Marisco em_Olhão, o Festival Super Bock, Surf Fest ou os Deolinda. Sem esquecer, claro, as festas e romarias populares que, nas vésperas do 15 de Agosto, se adensam

 

Hoje

 

Cheikh LÕ

grande auditório,

CCB, praça do Império,

Lisboa

Preço: 5€ a 10€

O cantor, guitarrista, percussionista e compositor “faz música a partir paz”. Uma coisa que se precisa em vários sítios. O_músico senegalês funde os ritmos tradicionais do seu país com reggae, flamenco e jazz.

 

Super bock surf fest

Praia do tonel, Sagres

Preço: 40€

19h

Depois do Festival Sudoeste, segue-se um evento mais calmo, dedicado aos espíritos livres do surf. A vila piscatória de Sagres recebe o Super Bock Super Fest 2011 com grandes nomes. Hoje é dia de Gentleman, do reggae do alemão e de Dub Incorporation. A ajudar a festa temos Kid Cudi, o belga Millow e o português Frankie Chavez. No menu ainda John Dimas, Intelectronik e Nuno Reis & Luís Oliveira.

 

Atlantihda

Casa da música, Porto

21h30

Entrada Livre

Gisela João dá a voz ao projecto musical Atlantihda, um misto de canção rural, fado e erudita. Para agradar a gregos e troianos.

 

 

Amanhã

 

Em Viagem

Centro Cultural de Paredes de Coura,

21h30

Preço: Entrada livre

No Verão não é só Sol. Ir ao teatro é uma boa opção. A nova produção do Trigo Limpo Teatro Acert fala das peripécias de um casal em viagem. Com este tema todos nos identificamos.

 

Maria joão e Mário laginha

Palácio de cristal, R. D. Manuel II, Porto

22horas

Preço: 5€

O Porto Blue Jazz 11 recebe a dupla do jazz mais conhecida em Portugal. Maria João e Mário Laginha navegam por terras desconhecidas do improviso mas lançam a âncora no jazz seguro. Trocadilhos de linguagem_à parte, é sempre uma boa desculpa para ver o concerto de dois grandes músicos portugueses.

 

João Penalva

Centro de Arte moderna – José Azeredo Pedrigão, r. Dr. Nicolau Bettencourt, Lisboa

Até às 18h.

Preço: 4€

A obra de João Penalva, a viver em_Londres em “Trabalhos com Texto e Imagem”, como foi baptizada a exposição, para ver e apreciar.

 

 

Domingo

 

Ópera em palmela

Igreja de Santa maria, no Castelo de Palmela

22horas

Entrada Livre

Excertos de musicais americanos, Mozart, Rossini, Verdi e as óperas de Puccini transformados num grande espectáculo para a família. “Missão (Im)possível” é da responsabilidade da Companhia de Ópera do Castelo, com apoio da Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos. O_espectáculo vale por duas razões: ópera à borla e um castelo lindo.

 

O meu tio

Espaço nimas, Av. 5 de Outubro, Lisboa

21horas

preço: 3€

Um clássico de cinema por dia, não sabe o bem que lhe fazia. Já dizia o ditado ou provérbio que acabamos de inventar. O Espaço Nimas dedica o mês de Agosto a Jacques Tati. Hoje é o clássico, dos clássicos “O_Meu Tio”.

 

Deolinda

Recinto das festas

da Batalha

22horas

Entrada livre

Dispensam apresentações e são tão bons como uma travessa de sardinhas no Verão._A banda lisboeta traz na bagagem “Dois Selos e Um Carimbo”. »

In: http://www.ionline.pt/conteudo/142816-agenda-fim-de-semana, a 12 de Agosto de 2011, em Jornal I

 

Bons Divertimentos

 

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Roteiro de Festas de Agosto de 2011…

Festas de Agosto de 2011 Fonte: http://www.ionline.pt

Hoje trago um artigo referente as Festas de Agosto, por este pais fora…

« Meu querido mês de Agosto Bailes, bailaricos e couratos na brasa

É quando chega o oitavo mês do ano que se dá o milagre de multiplicação das festas. Escolhemos dez. Agora, você decide

 É ver as senhoras rechonchudas e rosadas a gritarem os melhores preços atrás das suas bancas, é aceitar “mais uma corrida, mais uma viagem” na violenta dança de carrinhos, é comer algodão doce iluminado pelas luzes frenéticas dos carrosséis, é sentir o cheiro a febras assadas. É também saborear o calor ofegante, com a sangria na mão direita – cuidado que é penálti – ao som de Tony Carreira, ali mesmo no palco. Tudo isto é Agosto, uma alegria e animação pelas pequenas terras do nosso país. Se é verdade que a praia e os mergulhos sabem bem, não é menos verdade que as festas e feiras populares aquecem o corpo e o coração.

Cientes da impossibilidade de cobrir todas as ocorrências país fora, fizemos um roteiro de dez festas. É só escolher a que estiver mais à mão e fazer-se à estrada.

Festas Populares de Fernão Ferro
É já hoje que arrancam as festividades em Fernão Ferro, no Seixal. A abertura da festa é para os mais corajosos: pelas 18h30 homem e animal confrontam-se na garraiada inaugural. De seguida, actuam os Tocá Rufar, um desfile de bombos para animar o ambiente. Por fim Vítor Ginja encerra a noite para explicar a sina “quando o homem está apaixonado”. Assim continuam as animações até domingo, 31 de Julho, com espectáculos de ginástica acrobática, actuação de grupos de dança típicos, concertinas e ainda a presença de Matheus Paraizo – o miúdo que encantou no programa da TVI “Uma Canção para Ti”.

Festa Nacional de Folclore, Antões

Mulheres de saias rodadas e lenços na cabeça, homens de colete e chapéu na cabeça. Mãos no ar, música a postos e a festa começa. A reunião de grupos folclóricos de Grândola, Palmela ou Matosinhos, é em Antões, Pombal que também tem a sua representação na festa. O último dia do mês de Julho e o primeiro de Agosto são dias de muito baile e música, insufláveis para crianças e ainda uma mega feijoada.

19ª Edição das tasquinhas, Valado dos Frades

É junto ao Pavilhão Gimnodesportivo que se realiza esta festa, quatro dias de animação num rodopio de música, comida e desporto. Há sonoridades para todos os gostos, desde do rancho folclórico “Flores do Campo” à actuação da Orquestra Juvenil da Junta de Freguesia de Valado dos Frades. À festa junta-se também a Dixie Naza Jazz Band com a ajuda de trombones, clarinetes, trompetes e baterias. A actividade desportiva está garantida com um torneio de futsal e um passeio de BTT que se realizará no domingo, dia 7 de Agosto.

Romaria da Senhora da Agonia, Viana do Castelo
É em Viana do Castelo, que a 6 de Agosto se inicia um extenso programa de festas. Feiras de artesanato, uma procissão em forma de teatro, serenatas e até um desfile de bonecos cabeçudos – tradição adaptada da vizinha Espanha.

Festival do Marisco, Olhão
Sente-se à mesa e delicie-se com os mariscos da Ria Formosa ao som da música dos Queen of Fire, banda tributo aos Queen que inauguram o festival a 10 de Agosto e depois dará lugar a nomes como Xutos e Pontapés, Pedro Abrunhosa ou Tony Carreira.

Festas em Honra da Nossa Senhora das Brotas, Mora
É uma festa religiosa que realmente conta com uma procissão pela aldeia e uma missa especial. Mas quando o sol se põe chega a animação: desde uma sessão de fados à actuação de DJs e diferentes bandas.

Festa de Santa Maria, Vales Mortos
Todos os anos, no mês de Agosto a população de Vales Mortos, uma localidade do concelho de Serpa, anima-se para um conjunto de bailes, passeios, torneios e procissões. Durante três dias, de 12 a 15 de Agosto há bailes noite adentro, um passeio BTT e outro equestre, um torneiro de cartas e uma procissão pelas ruas. Talvez por estar ali já perto da fronteira, encerra as festividades com uma “gaspaxada”.

Feira de São Mateus, Viseu
Reza a lenda que esta feira tem uma herança bastante pesada, tendo sido criada em 1188 por D. Sancho I, tomando nesta altura o nome de Feira Franca. Entretanto o evento centenário mudou de nome e também de conteúdo. Já não se trata só de um aglomerado de expositores de diferentes actividades mas sim uma festa com concertos e até acrobacias aéreas. Na música está garantida a presença de Tony Carreira, do qual se dispensam as apresentações mas também de novos talentos da música ligeira nacional como Aurea que espalhou o tema “busy (for me)” pelas rádios. O destaque vai ainda para os James, grupo britânico dos anos 80 e 90 que celebrizou músicas como “sit down” e “she”s a star”.

Festas do Mar, Cascais
É entre a Baía de Cascais, o Largo da Cidade Vitória e o Jardim Visconde da Luz que acontecem as Festas do Mar. Propostas gastronómicas para despertar o paladar, mostras de artesanato e concertos. Da brasileira Vanessa da Mata, passando pelo fado de Carminho à “Máquina” dos Amor Electro. O fogos de artifício traz cor assim como a procissão que encerra as festas, a 28 de Agosto, o último dia de festa.

Feira de Grândola
Dentro do recinto há um pouco de tudo: desde pequenas bancas a vender bijuteria e roupa a carrosséis e concertos. Este ano estão convidados os Homens da Luta, os Expensive Soul, a homenagem a José Afonso com Zeca Sempre, The Gift, Tony Carreira e, como não podia deixar de ser, um festival de folclore. »

In: http://www.ionline.pt/conteudo/139524-meu-querido-mes-agosto-bailes-bailaricos-e-couratos-na-brasa, a 27 de Julho de 2011, em Jornal I

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Conheça Como Se Festeja o Carnaval Por Esse Mundo…

Formas de Festejar o Carnaval... Fonte: http://www.ionline.pt

Hoje trago uma peça jornalística que está relacionada com o feriado que se avizinha, desta feita com o Carnaval, passo a transcrever a referida peça.

« Quer festejar o Carnaval? Há várias tradições: saiba qual escolher

O Carnaval é celebrado de diferentes formas, consoante as tradições e opções de festejo de cada país. Mostramos as diferenças

Na Rússia, celebra-se a “Maslenitsa“, um festival que está integrado na semana de celebração ortodoxa mais popular no país. A “Maslenitsa“, ou “Entrudo” prima pelos festejos de adeus ao Inverno e de boas-vindas à Primavera. Na Praça Vermelha, em Moscovo, as celebrações decorrem de 28 de Fevereiro a 6 de Março, com actividades e diversões para todos os gostos.

Em França, é fundamental não perder as festividades em Nice, cidade que terá os principais eventos de Inverno da Riviera francesa. Nesta cidade, os festejos de Carnaval têm tradição desde 1294. Este ano, as celebrações têm como tema a natureza. Esperam-se muitos desfiles e cerca de mil músicos e bailarinos vindos de todo o mundo.

O Carnaval de Veneza é, dentro destas celebrações, a mais famosa e antiga do mundo. Entre 26 de Fevereiro e 8 de Março, as ruas da cidade estarão repletas de bandas, desfiles e celebrações. A cerimónia de abertura inclui o “Voo do Anjo”, uma tradição antiga onde uma mulher jovem surge do Campanário da Torre da Praça de São Marcos.

Finalmente, na Dinamarca, o “Fastelavn” é dedicado às crianças. É uma festividade que ocorre sete semanas antes da Páscoa, e onde as crianças mascaradas participam em actividades em grupo. A celebração tem o seu ponto alto quando se joga ao “fazer o gato sair do barril”, que consiste em bater com um pau num barril cheio de doces até ele se partir. »

In: http://www.ionline.pt/conteudo/108314-quer-festejar-o-carnaval-ha-varias-tradicoes-saiba-qual-escolher, a 3 de Março de 2011, em Jornal I

Boa Folia, é o que se quer…

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Noites do Cais do Sodré….

Noites do Cais do Sodré Fonte: http://www.ionline.pt

Hoje e para se começar bem a semana, trago uma notícia sobre uma noite que foi durante muito tempo conotada como sendo mal fadada, no entanto, hoje é bem abençoada, passo a transcrever a referida reportagem.

« Cais do Sodré: da má fama a uma das noites mais concorridas

Marinheiros, intelectuais, mas também prostitutas e criminosos lançaram a história dos bares do Cais do Sodré, como o Jamaica, que comemora 40 anos. Hoje, a diversidade e o revivalismo fazem da zona um dos pontos obrigatórios da noite lisboeta.

Apesar de ser a “criança” do Cais do Sodré, o Musicbox quis conhecer as suas origens: durante um ano e meio, os promotores fizeram o reconhecimento da zona, falando com autarcas, párocos, donos de bares, frequentadores e moradores.

Há mais de 50 anos, devido ao movimento no Porto de Lisboa, o Cais recebia milhares de marinheiros de todo o mundo, lembra um dos promotores, Alexandre Cortez.

A sua chegada levou à abertura de lojas especializadas na navegação e inspirou os nomes e a decoração dos espaços de diversão noturna.

Os velhinhos Tokyo, Jamaica, Olso ou Viking recebiam marinheiros, artistas e intelectuais, mas também espiões, prostitutas e criminosos.

Em maio de 1968, o assassino do ativista norte-americano Martin Luther King passeava-se pela Rua Nova do Carvalho. Uma noite, entrou no antigo Clube Texas, hoje Musicbox, e conheceu uma prostituta, por quem se apaixonou.

Após dez dias em Lisboa, acabou por ser detido em Londres por um espião que o seguiu pelo Cais. Na prisão, continuava a escrever cartas à portuguesa.

“Era tudo casas de alterne, houve uma altura em que isto era mal frequentado. Agora de um lado da rua temos as discotecas e do outro são mais bares”, diz Ricardo Gouveia, gerente do Tokyo (antigo Tamisa).

A reviravolta começou após o 25 de Abril, quando a “maior liberdade de música e de expressão” começou a atrair um público que queria sobretudo dançar ao som do que antes não podia ouvir livremente.

Hoje, para Ricardo, o sucesso deve-se à “grande mistura”, visível à primeira vista: na música, nas idades (que podem ir “dos 18 aos 80”), nos estilos musicais e nos clientes, que vão desde universitários a jornalistas, atores e músicos.

Fernando Pereira, hoje filho de um dos fundadores do Jamaica e à frente do espaço diz que a primeira viragem no ambiente, na segunda metade da década de 1970, deu-se pela mão – ou pelo som – do Jamaica, do Tokyo e do Shangri-La (hoje transformado no Bar do Cais), então frequentados por quem “não procurava prostituição”.

Mais tarde, com o Europa e, já no novo milénio, com o Musicbox, dá-se a “viragem definitiva” e atinge-se uma afluência “que já não se via há muito”.

Entretanto, os bares continuam a passar as músicas ouvidas pelos marinheiros e espiões de há quarenta anos e nunca foram atrás da música da moda, mas beneficiaram da moda do revivalismo, que, afinal, “nunca deixa” de ser uma tendência.

“O facto de existiram casas com néons dava um ar misterioso e para quem aparecia no Jamaica era um desafio ir lá”, lembra Fernando.

Uma dessas casas era o Viking, que se mantém fiel às origens: todas as noites continuam a subir mulheres ao pequeno palco para espetáculos de striptease.

Também para Alexandre Cortez “o colorido daquela altura ainda se sente no ar”.

“O ideal seria que modernidade convivesse ao lado da vertente mais característica e mais forte da zona: a sua história”, remata.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***»

In: http://www.ionline.pt/conteudo/101024-cais-do-sodre-da-ma-fama-uma-das-noites-mais-concorridas-, a 28 de Janeiro de 2011, em Jornal I

Grandes Noites

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Conheça os Detalhes da Feira Medieval de Santa Maria de Feira…

Feira Medieval de Santa Maria da Feira... Fonte: http://www.umaventuraemaveiro.blogspot.com

Começou esta semana mais uma feira medieval, desta feita  em Santa Maria da Feira, passo a transcrever um roteiro para a referida Feira que saiu num diário da nossa praça.

« Viagem Medieval A fundação de um reino… 900 anos depois

Em Santa Maria da Feira, reviver outros tempos, com os ingredientes mais importantes, dos espectáculos à alimentação típica sem esquecer as noites da Idade Média

Um salto no tempo. Uma viagem até ao século XII. Um castelo, uma rainha, o seu filho, a formação de um reino. Os cenários estão montados em Santa Maria da Feira e a ideia é, como explica Paulo Pais, administrador executivo da Empresa Municipal Feira Viva, “fazer um filme com os episódios mais relevantes dos 39 anos que medeiam o dote de Dona Teresa e a coroação de D. Afonso Henriques como Rei de Portugal”. A 14.a edição da Viagem Medieval em Terras de Santa Maria arrancou ontem e prolonga-se até ao dia 8 de Agosto, com recriações históricas a acontecerem todos os dias nos 33 hectares do recinto.

Recriações

Hoje, às 22h00, os visitantes que se deslocarem ao castelo vão receber a notícia do nascimento do “encolheito”. Como reza a crónica da época, em 1109 os condes teriam já duas filhas, Urraca e Sancha, e um filho varão belo, grande e formoso, “salvo que nasceu de pernas encolheitas”, a quem deram o nome de Afonso. Amanhã, à mesma hora e no mesmo local, D. Henrique vai ser proclamado “conde e senhor de todo o Portugal”. No domingo acontece um dos momentos altos desta viagem. Dona Teresa visita as terras da feira. O cortejo sai às 17h00 da Igreja da Misericórdia.

O filme continua durante toda a semana com batalhas, investiduras, tomadas do castelo e cortejos. O programa completo está em http://www.viagemmedieval.com.

Para as crianças

As asas de Ícaro, o Bosque Mágico, [Dês]Venturas do Reino, ou as Vivências do Mosteiro são algumas das áreas temáticas pensadas para os mais pequenos. Apesar de a entrada no recinto do evento ser gratuita, as áreas temáticas são pagas. Os preços variam consoante as actividades, mas as crianças até aos três anos não pagam. Há para todos os gostos, desde os teatros de marionetas, até aos jogos de aventuras, as acrobacias e os trabalhos manuais. Acontecem normalmente entre as 15h00 e as 20h00, mas o melhor é consultar o programa. Há ainda uma pulseira identificativa que é colocada no pulso dos miúdos à entrada no recinto.

Para comer

Quatro zonas de tabernas, quatro restaurantes de ementas diversas no Rossio, outro no castelo, um só de peixe e outro de carnes de caça, também no Rossio, e mais um de comida árabe no Sukh, o mercado municipal transformado agora em mercado árabe.

Para pernoitar

O Campo de Tendilhas é mais uma das novidades desta 14.a edição. Para quem quer ficar no centro dos acontecimentos, a Viagem Medieval tem à disposição um espaço destinado à pernoita em pleno recinto. O Campo de Tendilhas vai funcionar até 9 de Agosto, na Quinta do Castelo, junto à sede dos escuteiros.

Destina-se a maiores de 16 anos, ou menores acompanhados pelos pais ou encarregados de educação. Durante a estadia, cada utilizador terá uma pulseira identificativa, pessoal e intransmissível. Pernoitar uma noite neste espaço vai custar um euro e meio por pessoa, mais três euros pelo espaço a ocupar pela tenda, que deverá ter capacidade máxima para quatro pessoas (campodetendilhas@viagemmedieval.com;»

In: http://www.ionline.pt/conteudo/71361-viagem-medieval-fundacao-um-reino-900-anos-depois, a 30 de Julho de 2010, em Jornal I

Boas Visitas!

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Festas dos Anos 80…Este Fim de Semana…Veja Onde…

Hoje trago uma notícia que achei interessante, e trata-se de uma sugestão para o próximo fim-de-semana, passo a transcrever a mesma, mas não vou efectuar nenhum comentário, pois trata-se de uma publi-reportagem.

«Os anos 80 estão de volta. E desta vez não há dress code

O fenómeno começou há cerca de dois anos e vingou: as noites revivalistas multiplicam-se. Este fim-de-semana há quatro festas

A década em que os cabeleireiros e os fabricantes de enchumaços governavam o mundo está de volta. E em força. Depois de anos a exorcizar permanentes, maquilhagem berrante, calças de ganga pelo tornozelo e pop-rock-romântico-pimba, a geração do MacGyver está a voltar às raízes. Pelo menos durante algumas horas em noites de puro revivalismo tecno-kitsch.

Por esta altura, já é quase impossível não ter esbarrado com uma festa temática dos anos oitenta algures pelo país. O fenómeno começou há cerca de dois anos e espalhou-se rapidamente quando os promotores perceberam que funcionava.

“Os eighties são os novos sixties”, brinca André Henriques, animador da Mega FM e promotor dos eventos Let’s Control the 80’s. A primeira festa foi organizada quase por brincadeira, em 2008. “Já tinha o LX Factory marcado, mas a música electrónica não estava a dar”, lembra. O regresso ao passado deu muito mais lucro que qualquer uma das suas festas anteriores.

Não é que a música pop dos anos oitenta seja tão extraordinária que arraste multidões. Mas permite “uma comunicação que não há com a música electrónica”. André Henriques sublinha que três dos quatro DJ das festas puseram música nos anos oitenta, e por isso sabem o que se ouvia. É um dos factores do sucesso da Let’s Control, que no aniversário conseguiu juntar um recorde de 2700 pessoas, dos 18 aos 45 anos. Às vezes aparecem famílias inteiras, mesmo que os mais novos não saibam o que são aqueles pacotes de sumo Capri Sonne ou as bombocas de chocolate que alguém distribui em bandejas.

A diferença está nos pormenores: os clips do “Duarte & Companhia” a passarem nos ecrãs gigantes ou as pastilhas elásticas Gorila ao pé do balcão. Todas as festas tentam ter algo de diferente, como indica Manuel Simões de Almeida, director de marketing da Media Capital Rádios, que detém a M80. “As festas M80 são as verdadeiras festas do lifestyle duma geração que procura estar bem com a vida”, diz. Uma espécie de “emissão ao vivo e a cores”, com decoração a rigor.

O grupo Gloriosos Anos 80 não tem local fixo para fazer as festas mensais que já passaram pelo W, BBC, Bar do Rio ou Maxime (tudo em Lisboa). O DJ Bruno Freitas, criador e promotor do grupo, explica ao i que o conceito surgiu há dois anos na rede social portuguesa Star Tracker. Era uma forma de angariar fundos para a Terra dos Sonhos, organização de solidariedade social, e acabou por ganhar este cariz. O DJ acredita que as festas revivalistas funcionam porque “a noite em Lisboa era muito juvenil” e este movimento conseguiu “juntar pessoas dos anos 70 e 80, que não saem todas as noites”. Ou então, que saem apenas nas primeiras sextas-feiras e últimos sábados de cada mês. É nestas noites que o Teatro da Comuna organiza as festas dos anos oitenta, talvez as mais antigas. Não se podem lá juntar duas mil pessoas, é certo. Mas o revivalismo kitsch está garantido.

Festas

I LOVE 80’S
Onde: LXFactory, Lisboa
Quando: Sexta-feira, 26 de Março
Quem organiza: Universidade Nova e Universidade Católica
Preço: 12 euros


retro sessions
after party alphaville
Onde: Santiago Alquimista, Lisboa
Quando: Sexta-feira, 26 de Março
Quem organiza: Void Creations
Preço: 5 euros

anos 80
Onde: Teatro da Comuna, Lisboa
Quando: Sábado, 27 de Março
Quem Organiza: Teatro da Comuna
Preço 5 euros mulheres/10 euros homens


last night a dj saved my life
Onde: Estado Novo, Matosinhos
Quando: Sábado, 27 de Março
Quem Organiza: M80
Preço: Entrada livre (com consumo obrigatório)


anos 80
Onde: Teatro da Comuna, Lisboa
Quando: Sexta-feira, 2 de Abril
Quem Organiza: Teatro da Comuna
Preço: 10 euros


let’s control the 80’s
Onde: Algarve
Quando: Junho
Quem Organiza: Let’s Control
Preço: 10 euros venda antecipada, 15 euros no dia da festa»

In: http://www.ionline.pt/conteudo/52434-os-anos-80-estao-volta-e-desta-vez-nao-ha-dress-code, a 24 de Março de 2010, em Jornal I

Divirtam-se

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