Concorrência Entre Bancos, na Mudança de Crédito Habitação…Valerá a Pena?

Prestação de Crédito Habitação    Fonte: www.paginav.com

Hoje trago uma notícia que analisa as transferência de crédito habitação, entre instituições, passo a analisar a situação, mais concretamente no que originou a situação:

« Transfira o crédito e poupe dinheiro todos os meses

Não é a melhor altura para procurar uma nova casa para o crédito à habitação, mas ainda encontra boas propostas sem sair do seu banco

A queda das Euribores, os indexantes usados para definir as prestações dos créditos à habitação, aligeirou os orçamentos de muitas famílias, como a de Luís Rodrigues Matias. Contudo, Luís queria que as despesas fossem ainda mais ligeiras. Por isso, há pouco mais de três meses transferiu o empréstimo da casa. “Consultando as várias instituições bancárias, o Barclays tinha uma oferta muito interessante”, conta. A redução do spread foi dramática: baixou um ponto percentual para 0,35%.

A descida de um ponto percentual no spread do crédito à habitação tem um grande impacto nos custos de qualquer família. Num empréstimo de 150 mil euros a 35 anos, por exemplo, uma prestação actual de 528 euros desce para 451 euros, uma diminuição de 14,5%. Embora não seja o único factor importante, baixar o spread da habitação deve ser uma meta para todas as famílias, mesmo para aquelas que estão confortáveis com o seu orçamento mensal. Se conseguir baixar o spread e quiser manter a prestação, pode antecipar o pagamento da casa ao banco. No exemplo do empréstimo de 150 mil euros a 35 anos com uma prestação de 528 euros, baixando o spread em um ponto percentual pode reduzir–se o prazo para 29 anos mantendo o custo mensal. Apesar da redução significativa do spread que Luís conseguiu, a família optou por alargar o prazo no momento da transferência de modo a que prestação baixasse ainda mais.

Bancos apertados As famílias que queiram transferir o crédito poderão não ter tanta sorte como Luís Rodrigues Matias. A crise financeira internacional, que também atingiu a praça portuguesa, impede os bancos nacionais de terem boas propostas como as que apresentavam há cerca de três anos, quando os spreads não promocionais chegaram a ser inferiores a 0,3%. Um casal perto dos 33 anos que queira agora transferir o seu crédito de 100 mil euros a 30 anos obtém propostas de spread que rondam 1,4%.

Contudo, dependendo do envolvimento que está disposto a assumir com o novo banco, essa percentagem pode descer para perto de 0,8%, excluindo períodos promocionais. Também pode ser difícil convencer as instituições financeiras a pagarem todos ou a maior parte dos custos que se têm na transferência. Banco BPI, Banco Popular, Barclays e Montepio são dos poucos que, à partida, custeiam a transferência, segundo uma consulta que o i fez junto dos dez maiores credores nacionais durante a semana passada.

A comissão de amortização antecipada, que acontece quando se muda o crédito de casa, está legalmente limitada: não pode ultrapassar 0,5% do montante transferido, a não ser que seja um crédito de taxa fixa, no qual a despesa da transferência pode aumentar até 2%. Isto quer dizer que a transferência de 100 mil euros custa, na maioria das vezes, 500 euros.

Não é obrigatório mudar A consulta das propostas de outros bancos não significa qualquer comprometimento. Se for um bom cliente do seu banco, é natural que ele não queira que se vá embora, logo terá de igualar a melhor proposta que a concorrência oferecer. Há pouco mais de dois anos, Sónia e Nuno Castro receberam uma carta do Millennium bcp a propor o aumento do crédito à habitação no valor que já tinham amortizado. A família, que inclui ainda o filho Daniel, ponderou a opção, uma vez que planeavam comprar um carro novo, mas acabaram por ir a outros bancos auscultar as propostas.

“O BPI propôs um spread de 0,29%, bastante menos que os 0,7% que tínhamos no Millennium”, recorda Sónia. Em reacção, o Millennium bcp baixou imediatamente o spread para 0,3%, mas o Banco BPI voltou à carga com um spread de 0,25%. “Fazendo as contas todas aos custo de transferência e ao trabalho que dá a mudança de banco, ficámos no Millennium com 0,3%”, conta Sónia. A poupança mensal obtida foi de cerca de 30 euros por mês: “É muito dinheiro”, diz Nuno. “O que se poupa já dá para a entrada do carro”, argumenta, embora a subida da Euribor tenha levado a família Castro a adiar a compra do automóvel.»

In: http://www.ionline.pt/conteudo/30730-transfira-o-credito-e-poupe-dinheiro-todos-os-meses , 02 de Novembro de 2009, no Jornal I

O meu comentário:

Mediante os factos, penso que o crédito a habitação, apresenta uma fatia enorme, nos orçamentos familiares, se nos anos 90, era relativamente fácil uma família contrair um empréstimo, e o ir liquidando, apesar de mesmo as taxas de juro na época serem altas, pois ganhava-se o suficiente para liquidar, a diferença é que na altura, pedia-se o empréstimo como se trata-se de um adiantamento, e as condições, eram emprego para toda a vida, e ordenados progressivos nos anos, mesmo não se apresenta-se qualificações para tal; hoje em dia, pede-se créditos para preços de casa muito altos, endivida-se, pois não existe, consistência no emprego, o emprego já não é para toda a vida, nem os salários são crescentes, ou estagnam, ou mesmo decrescem, ou seja, as pessoas hipotecam o seu futuro, e são escravas de um empréstimo a vida toda, tudo pela inflação das casas, e degradação do modo de vida.

Penso que é uma tristeza, neste final da década, em que as pessoas, passaram  ser vistas como escravas de créditos, sendo que o pior problema, nem são as entidades bancárias, nem a inflação das casas, o problema maior, é a degradação do emprego e o rebaixamento da qualidade de vida, cada vez mais atroz.

Penso que o exemplo, de necessidade de concorrência entre entidades bancárias, e como, é demonstrado na peça jornalística acima transcrita, demonstra que as famílias estão sufocadas, e que necessitam que as prestações baixem, no entanto, a banca está a cobrar o que cobrava no passado, o problema é que os portugueses ganham cada vez menos, e antigamente, só o homem conseguia ganhar para sustentar a casa, e hoje, trabalha o Homem e a Mulher, e vêm se encruzilhados, para conseguirem pagar o empréstimo da habitação.

Graças à concorrência, os bancos têm conseguido oferecer melhores condições aos portugueses, mas não podem, nem devem ser os bancos responsabilizados por esta situação, nem as pessoas, nem as empresas, mas sim todos os responsáveis pelas conjecturas que nos últimos anos, denegriram a qualidade da pessoa Humana e do Emprego em Portugal.

Tenho Dito

RT